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ESG e a Black Rock




Valmor Alves (*)


O ESG (Environmental, Social and Governance) é um termo que se popularizou nos últimos anos como uma forma de medir o desempenho das empresas em relação a aspectos ambientais, sociais e de governança. A ideia de que as empresas precisam ter uma atuação responsável e sustentável em relação a esses temas não é nova, mas foi nos anos 2000 que esse conceito começou a ser visto como uma importante ferramenta para a análise de investimentos.


Foi nesse contexto que o fundo de investimento Black Rock, um dos maiores do mundo, se tornou um dos principais protagonistas na popularização do ESG. O fundador da empresa, Larry Fink, vem defendendo a ideia de que a sustentabilidade não é apenas uma questão ética, mas também econômica, e que as empresas que não se adaptarem às mudanças climáticas e às demandas sociais serão menos competitivas no futuro.


A estratégia de investimentos da Black Rock inclui a seleção de empresas que apresentam um desempenho positivo em termos de ESG, com foco especial em questões ambientais, como a redução de emissões de carbono. Isso tem contribuído para a conscientização das empresas sobre a importância da sustentabilidade em seus negócios e incentivado a adoção de práticas mais responsáveis.


O ESG se tornou uma importante ferramenta para aporte de capital porque investidores passaram a valorizar empresas que têm uma atuação responsável em relação a esses temas. Empresas que têm uma boa pontuação em ESG são vistas como mais sustentáveis e, portanto, mais atrativas para investimentos de longo prazo.


Além disso, o ESG se conecta com a monetização de créditos de carbono. Essa prática consiste na venda de créditos de carbono, para empresas que desejam compensar suas próprias emissões, mas também, por meio de projetos ambientais que reduzem a emissão de gases do efeito estufa. A monetização de créditos de carbono tem se tornado cada vez mais popular como uma forma de financiar projetos ambientais que possam contribuir para a redução de emissões


A pegada de carbono é outro tema que se relaciona com o ESG e a monetização de créditos de carbono. A pegada de carbono mede a quantidade de emissões de gases do efeito estufa de uma empresa ou produto ao longo de seu ciclo de vida. Empresas que têm uma pegada de carbono baixa são vistas como mais sustentáveis e, portanto, mais atrativas para investimentos.


Os mercados de compra de crédito de carbono são diversos e incluem iniciativas nacionais e internacionais. O mercado voluntário de carbono, por exemplo, é composto por empresas que desejam compensar suas emissões de carbono voluntariamente. Já o mercado regulado de carbono inclui iniciativas como o Protocolo de Quioto e o Acordo de Paris, que estabelecem metas de redução de emissões para países e empresas.


Em resumo, o sucesso do ESG no mundo e no Brasil tem sido impulsionado pela crescente conscientização sobre a importância da sustentabilidade nos negócios e pela atuação das empresas listadas na Bolsa de Valores, assim como a Black Rock, que vem liderando a busca por investimentos responsáveis e sustentáveis.

(*) Presidente do Instituto de Águas do Brasil


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1 Comment


diretoria.regional
Mar 30, 2023

O artigo de lavra do Dr. Valmor Alves destaca a importância do ESG (Environmental, Social and Governance) como uma ferramenta para medir o desempenho das empresas em relação a aspectos ambientais, sociais e de governança. O autor enfatiza como empresas que apresentam um desempenho positivo em termos de ESG são vistas como mais sustentáveis e, portanto, mais atrativas para investimentos de longo prazo.

A visão de futuro clara do Dr. Valmor Alves é evidenciada quando ele afirma que as empresas que não se adaptarem às mudanças climáticas e às demandas sociais serão menos competitivas no futuro. Além disso, ele destaca a importância da monetização de créditos de carbono e da redução da pegada de carbono como aspectos relevantes para a…

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