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Fonte hídrica respondeu pela metade dos 22 milhões de I-RECs emitidos no país em 2022.


 



A Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Tamboril, de 15,8MW, localizada no rio São Bartolomeu, município de Luziânia (GO), foi uma das unidades da Tradener que recebeu o certificado I-REC de fonte de energia renovável. A comercialização foi feita com a Aker Solutions, que opera duas unidades consumidoras e comprou certificados equivalentes à energia consumida no período de maio a dezembro deste ano, totalizando 1.754 I-RECs.

Somente a Tradener emitiu, em 2022, 52 mil certificados, correspondentes a 5,94 MWm. Ao total foram emitidos no Brasil cerca de 22 milhões de I-RECs (Intenational Renewable Energy Certificates), o que representou mais do que o dobro do ano anterior, com destaque para a fonte hídrica de UHEs, PCHs e CGHS, que respondeu pela metade dos certificados, segundo dados do Instituto Totum – organismo privado de certificação credenciado pelo programa holandês The International REC Standard Foundation, o qual atesta empreendimentos elétricos por sua geração de energia renovável em todo o mundo. Esses certificados são baseados na geração real de energia, apurada mensalmente via medição direta por meio de API (Application Programming Interface) junto ao sistema do Instituto ou por dados consolidados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Cada certificado equivale a 1 MWh de energia renovável efetivamente gerada. Por exemplo, uma PCH de potência 20 MW, com uma operação de 400 horas em determinado mês, poderá emitir 8.000 I-RECs, explica Fernando Giachini Lopes, diretor do Totum. Os I-RECs são usados por empresas consumidoras de energia como garantia de redução de emissões de CO2, conforme os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU ), entre esses, está a energia acessível e limpa para todos os países-membros.

Os I-RECs, observa Lopes, podem ser emitidos por qualquer tipo de tecnologia de geração de energia considerada renovável, como hídrica – CGH, PCH e UHE –, eólica, solar e biomassa, incluindo biogás. Assim, os I-RECs nascem e são emitidos pelas empresas geradoras de energia renovável. Seus usuários finais são os consumidores, que desejam garantir a origem da energia consumida.

A comercialização desses certificados é local, ou seja, em um mesmo país ou em um mesmo mercado, e sua cotação de preço é influenciada pelo tipo de energia, pelas características da usina, pela conformidade com os requisitos de sustentabilidade – além da sua forma –, os quais podem ser agregados ao contrato de energia ou desagregados.

Número de I-RECs deve superar 40 milhões neste ano Lopes, que estima em 40 milhões o número de I-RECs a serem transacionados neste ano, no país, afirma que o Instituto Totum não tem acesso aos valores negociados entre empresas, mas uma estimativa indica que cada certificado tende a custar algo entre 1% e 3% do preço da energia, tendo como base o mercado livre. No mundo, existem cerca de 1.000 dispositivos de produção de energia elétrica de fonte hídrica, e o Brasil representa em torno de 10% desse total – cerca de 110 usinas hídricas registradas e aptas para gerar I-RECs.

Diferencial Toda usina hidrelétrica em operação está potencialmente capacitada para emitir esses certificados. Todavia, a emissão de I-RECs não é feita em função da capacidade ou garantia física e, sim, em decorrência da efetiva geração de energia.

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